quinta-feira, 11 de abril de 2013

MOMENTO REFLEXÃO!!!!

Acho que vocês já perceberam que gosto de posts com temas que nos levem a pensar e porque não questionar algumas coisas. E de todos que já postei por aqui acho que esse é o que mais vai dar o que falar, pois é um questionamento que - acredito - muitas de nós nos fazemos nem que seja de vez em quando.

Pois bem, lendo a revista Glamour deste mês me deparei com um texto bem legal da Camila Fremder, e gostaria de compartilhar com vocês:

"PELA VOLTA DO RENASCENTISMO

Como a maioria das meninas com quem convivo, eu a-d-o-r-o moda. Estou sempre lendo matérias sobre a próxima tendência, acompanhando o que acontece durante as semanas de moda e entrando em sites para espiar os looks das famosas. Confesso que às vezes chego até a comprar peças por impulso, e elas ficam eternamente penduradas no guarda-roupa ainda com etiqueta, por não serem ideais para meu tipo físico. Afinal, o que fica lindo numa mulher magérrima de quase 2m não veste tão bem assim os meus 1,65m com um tantinho mais de curvas.

Uma coisa que reparei é que a moda se repete a todo momento, ou seja, o que estava na crista da onda há mais de 50 anos pode voltar a qualquer hora. E é um tal de ´a volta do estilo setentista`, ´a releitura da silhueta anos 20`, ´a beleza andrógina dos anos 90`... E haja correria para acompanhar! Mas a moda que espero ansiosamente há anos nunca reaparece: a tendência renascentista.

Tenho a impressão de que as mulheres eram bem mais felizes lá pelos fins do século 13 até meados do século 17. Basta reparar na serenidade de qualquer moça renascentista retratada nos quadros dos pintores famosos. Cheinhas, com as melenas displicentemente soltas, apareciam deitadas nuas envoltas por lençóis sedosos ou vestindo uma camisola soltinha. Enquanto isso, comiam uvas (aparentemente eram viciadas em uvas) e exibiam bochechas rosadas. Superconfiantes com suas dobrinhas/curvas/vastas zonas de flacidez - sinal de saúde e riqueza na época -, elas nunca pareciam griladas com a aparência, cobrindo ou encolhendo a barriga. Muito pelo contrário: eram mulheres relaxadas, curtindo a maior preguiça enquanto o pintor babava ovo para elas.

Essa confiança eternizada em pinturas a óleo roda o mundo até hoje e, você sabe, vale milhões de dólares no mercado de arte. Mas vai exibir as gordurinhas como as musas das antigas para ver a reação das pessoas. Isso é praticamente um ato ilegal nos tempos atuais!

Sabe o que eu acho disso tudo? Que já penamos o bastante correndo atrás de dietas malucas, cosméticos caros, tendências duvidosas, procedimentos capilares e até cirurgias plásticas para nos encaixarmos nos padrões de beleza vigentes. Está mais que na hora de lermos a seguinte notícia: ´Os anos 1500 voltaram! Aprenda a assumir as dobrinhas enrolando-se num belo lençol`."



Não questiono a beleza das mulheres magras e nem defendo que devemos a partir de agora relaxar de vez e não cuidarmos nem um pouco do nosso corpo, mesmo porque para que ele funcione bem tem que ser bem cuidado, o que questiono é a chamada "ditadura da magreza" que diz que somente aquelas que não tem nem uma gordurinha sequer é que é bela. 
Não podemos ser hipócritas e fingir que não nos importamos, a verdade é que a maioria de nós quer sim estar magra, e parece que a vontade de perder ao menos 2 quilinhos sempre já vem gravada no nosso DNA, mas será que não dá pra encararmos isso de uma maneira mais leve e com mais humor? Gostaria de estar mais magra? Sim, e daí? Não é por isso que vamos fazer "a louca da dieta" e fazer de tudo pra perder "os  quilinhos extras", e em muitos dos casos perdendo a saúde. Não é por isso que vamos cismar e não usar biquini, ou achar que ninguém vai querer nos namorar porque estamos 5 quilos acima do dito "peso ideal", afinal, quem foi que disse que era ideal? Antes gostosa e bem-humorada do que magra e de mau humor, porque não tem nada que me deixe mais mau-humorada do que dieta.
E você, concorda???

Beijinhos!!

Alliny

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